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segunda-feira, 28 de abril de 2008

PESQUISA DIZ QUE CIENTISTAS ESTÃO MAIS PESSIMISTAS SOBRE VACINA CONTRA A AIDS

Uma pesquisa feita no Reino Unido revelou que o pessimismo entre os cientistas sobre a possibilidade de se encontrar uma vacina contra a Aids é maior do que nunca e que muitos deles acreditam, inclusive, que a tarefa é impossível. A pesquisa foi realizada pelo jornal britânico "The Independent" entre 35 cientistas que se dedicam ao tema na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Entre eles, nomes importantes como o professor Andrew Leigh Brown, da Universidade de Edimburgo, Jonathan Weber, do Imperial College (Londres), e William James, da Universidade de Oxford. Entre os entrevistados, apenas dois se mostram hoje mais confiantes que há um ano e outros quatro se manifestaram afirmando progresso em relação há cinco anos. Cerca de dois terços dos consultados não acreditam que seja possível desenvolver uma vacina contra a aids na próxima década e outros pensam que são necessários pelo menos 20 anos para que se possa chegar a uma real proteção para as pessoas diante do vírus. Uma minoria dos cientistas disse, inclusive, que nunca se chegará a descobrir uma vacina eficaz contra a síndrome de imunodeficiência adquirida. O pessimismo de alguns cientistas pode ser atribuído ao fracasso de algumas tentativas recentes de se elaborar uma vacina realmente eficaz. Uma vacina elaborada pelo laboratório Merck, que parecia dar resultado nos macacos de laboratório infectados artificialmente com o vírus da aids, não funciona quando aplicada em voluntários humanos expostos à doença. Segundo Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, o modelo animal, que utiliza uma combinação de vírus de imunodeficiência adquirida de símios e humanos, não serve para prever o resultado quando a vacina é aplicada nas pessoas. Para Fauci, apesar dos problemas, não é o momento ainda de jogar a toalha, pois há muitas perguntas que ainda precisam de resposta. Entre os entrevistados, 80% acreditam que é necessário tomar uma nova direção em busca da vacina após o fracasso dos experimentos clínico da Merck. Os experimentos foram suspensos depois de suspeitas de que a vacina poderia, inclusive, aumentar o risco de contrair a doença. Cerca de 33 milhões de pessoas estão infectadas pelo vírus da aids no mundo todo e aproximadamente 26 milhões já morreram vítimas da doença.


Fonte: Agência EFE

sexta-feira, 25 de abril de 2008

HIV SE ESCONDE NO ORGANISMO POR PELO MENOS SETE ANOS, APONTA ESTUDO DOS ESTADOS UNIDOS

O acompanhamento de pessoas que tomam há mais de sete anos o coquetel de drogas contra o HIV acaba de demonstrar como esse inimigo da humanidade é duro na queda. Usando técnicas sofisticadas para detectar níveis mínimos do vírus da Aids, cientistas americanos mostraram que ele nunca desaparece totalmente do organismo.

Embora sua presença caia para quantidades baixíssimas, erradicá-lo completamente continua sendo impossível.

A equipe capitaneada por Sarah Palmer, dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (O Ministério da Saúde dos EUA), descreve as preocupantes descobertas na edição desta semana da revista científica americana PNAS. Para os pesquisadores, tudo indica que o HIV está se "escondendo" no interior de células de longa vida. Essas células seriam uma fonte viral constante e de baixa intensidade, de forma que, se por algum motivo o paciente relaxar a guarda, seria fácil para o vírus da Aids voltar à ativa.

Palmer e seus colegas utilizaram técnicas que vão além da sensibilidade dos testes de Aids mais comuns.

Enquanto o normal é que o vírus pareça "indetectável" quando sua presença cai abaixo de 50 partículas virais (as "cópias" do vírus) por mililitro de sangue, os pesquisadores usaram um teste que "pesca" até a quantidade ínfima de menos de uma cópia de vírus por mililitro. Outra novidade do estudo é o tempo de acompanhamento dos 40 pacientes, que chegou a sete anos de amostragem constante.

Fases da infecção

O principal achado da equipe foi a observação de que o HIV não perde a força no organismo de forma linear.

Enquanto nas primeiras semanas de tratamento com o coquetel contra a Aids a contagem de vírus pode cair de 83 mil por mililitro de sangue para apenas 50 partículas virais por mililitro, eram necessários vários meses para a nova diminuição (para cerca de 10 cópias virais).

Depois disso, praticamente não havia mudanças, independentemente do tempo de tratamento. Cerca de 80% dos pacientes continuava com pelo menos uma cópia do vírus por mililitro de sangue, mesmo após tomar o coquetel durante sete anos. O que explicaria essa queda em degraus na quantidade de vírus? Para os cientistas, o mais provável é que cada fase esteja associada a um compartimento diferente de células que o HIV infecta.

Enquanto a maioria delas é de vida curta e acaba morrendo, algumas poucas continuam a produzir novas partículas virais quando se dividem. Um indício desse fato é que, nos infectados de longo prazo, a maior parte do HIV encontrado é o clone de um único vírus que conseguiu sobreviver aos medicamentos. Agora, os pesquisadores querem identificar essa subpopulação "imortal" de células para tentar, de alguma forma, erradicar os últimos vestígios do HIV.
Reinaldo José Lopes
Fonte: G1

quinta-feira, 17 de abril de 2008

MÉDICOS DIZEM EM PESQUISA QUE 74% DOS PORTADORES DO HIV NÃO REVELAM INFECÇÃO AOS PARCEIROS E AMIGOS

Uma pesquisa revela que, segundo infectologistas, 48% dos infectados pelo vírus HIV não contam status sorológico para as suas famílias. O levantamento deste e de outros dados foi realizado durante o Congresso Brasileiro de Infectologia, em outubro de 2007, pela primeira vez, e envolveu 202 especialistas. O objetivo era ter uma idéia de como é a relação médico-paciente em HIV/Aids. O estudo foi conduzido pela farmacêutica Pfizer. De acordo com o levantamento, 74% dos soropositivos não informam o status às pessoas pertencentes à sua rede de relacionamento, parceiros e amigos. Para o Dr. Juvêncio Furtado, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os números representam o medo do preconceito. “Os pacientes têm receio de tornar público a situação em local de trabalho, ou na família, e sofrer algum tipo segregação”, comentou. Segundo 12% dos médicos infectologistas, a maioria das pessoas não acredita mais na mortalidade da Aids.



Mesmo assim, os dados não significam uma exatidão de 100% do dia-a-dia de todos os profissionais no País, mas um panorama da visão de infectologistas, segundo o Dr. Furtado. “A gente considera o preconceito como uma realidade. Só depois, mais tarde, quando acontece uma estabilidade da infecção, muitos já contam para família”, disse Juvêncio. Sobre o fato de 74% dos pacientes não informar suas relações sexuais a ninguém, “cabe aos médicos sensibilizá-los para a informação chegar em seus parceiros”, explicou. Na opinião pessoal do especialista, as pessoas demoram pelo menos seis meses para revelar o HIV para a família e amigos mais íntimos. Para os médicos entrevistados, o número de pessoas infectadas cresce todos os anos, inclusive no Brasil, principalmente porque ainda se pratica sexo sem o uso de preservativos. Essa é a opinião de cerca de 82% dos especialistas. Para um terço deles, 33%, o aumento no número de casos é também um reflexo da melhora no serviço de notificação e registro de pacientes recém-infectados. Já para 29%, esse crescimento é conseqüência da falta de acesso da população aos serviços de saúde.



Reação - Outro dado apresentado pela pesquisa é de que 63% das pessoas que vão a um consultório médico já sabem seu status sorológico, segundo a percepção dos médicos. Para 12 % dos infectologistas, os pacientes reagem ao diagnóstico sem grandes preocupações, pois acreditam que a Aids deixou de ser uma ameaça de morte e pode ser controlada.“Acho que é um pouco mais do que 12%. As pessoas tem mais aceitação da doença do que no passado. Antigamente, a revelação causava até suicídio. O que falta lembrar é que o tratamento vai ter que acontecer diariamente, com precisão britânica”, disse Juvêncio Furtado. “Essa falsa sensação de segurança com a Aids não vai permitir, necessariamente, uma vida normal. A aceitação da Aids pode trazer um relaxamento e até a exposição proposital ao HIV - existem várias coisas. Muitos jovens, por acharem que o parceiro(a) não tem HIV, se descuidam e acreditam que não há problemas. Tratar a Aids não é tomar uma pílula de açúcar, essas medicações têm efeitos colaterais como aumento de risco cardiovascular ou liposdistrofia”, lembrou. Já para outra parte de especialistas, a reação do paciente ao descobrir que é portador do vírus não mudou muito nas últimas duas décadas. Para 62% dos médicos, o paciente reage pensando que vai morrer. Para 50%, o paciente entra em depressão; para 32%, entra em desespero; para 30%, demonstra revolta e para 29%, choque. Segundo os especialistas, 73% dos portadores de HIV não descobriram por acaso a infecção. Segundo a Pfizer, o fato de esses profissionais conseguirem descrever a reação de seu paciente perante a doença denota a forte relação entre os dois. Mas o médico tem consciência da extensão do seu papel e, por isso, 93% consideram o apoio de familiares e amigos essencial ou muito importante para o sucesso do tratamento.



Futuro - Quando questionados sobre os principais desafios na luta contra a doença no futuro, 48% dos especialistas dizem que a resposta é a prevenção. Já 16% ressaltam a questão da baixa adesão ao tratamento; outros 16% apontam a resistência do vírus. Há que se considerar que não é sempre devido à baixa adesão que o vírus adquire resistência. Logo, as questões precisam ser tratadas separadamente. A falta de informação e de diagnóstico precoce, bem como a necessidade de novos tratamentos também foram apontados como importantes desafios para o futuro. Para o presidente da SBI, a Aids “é uma doença prevenível, portanto, é inadmissível casos novos. O grande desafio é reduzir drasticamente a infecção”. “Ter cada vez mais medicações, com menos pílulas diárias e menos efeitos colaterais é outro desafio. O mais fantástico, mesmo, seria uma vacina”, concluiu Juvêncio Furtado.



por Rodrigo Vasconcellos

Fonte: Agência Aids





sexta-feira, 11 de abril de 2008

GOVERNO TORNA DROGA ANTI-AIDS MEDICAMENTO DE INTERESSE PÚBLICO

Tenofovir é um dos mais caros do coquetel; há 1 ano, decreto inédito permitiu compra de genérico do Efavirenz


O Ministério da Saúde declarou de interesse público o anti-retroviral Tenofovir, um dos mais caros e importantes medicamentos usados pelo Programa Nacional de DST-AIDS. Com a medida, o governo quer apressar a análise de processo de patente do remédio, que há anos se arrasta no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

A expectativa é que o registro de patente seja negado por causa da decisão dos Estados Unidos - o que, na prática, abre espaço para o governo atuar em duas frentes: comprar genéricos de outros fabricantes e iniciar a produção nacional do medicamento. Produzido pela empresa Gilead, o Tenofovir hoje é usado por 30 mil pacientes no Brasil. O tratamento de cada um custa US$ 1.387 por ano. O remédio, sozinho, é responsável por 10% dos gastos com remédios do programa de AIDS.

No ano passado, também no mês de abril, o Brasil declarou de interesse público o Efavirenz, anti-retroviral fabricado pela Merck. Naquele caso, no entanto, a medida representava o passo inicial para a quebra de patente. Agora, o direito de propriedade não foi reconhecido formalmente e o processo é um pouco diferente. "Mas, na prática, a intenção é a mesma", disse o diretor da Farmanguinhos, Eduardo Costa.

Embora a patente não tenha sido concedida, o Brasil age como tal. "É praxe. Quando é feito o depósito de patente, o País passa a respeitar essa expectativa de direito. É assim até o processo ser analisado", afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães.

INOVAÇÃO EM DÚVIDA

Ao longo destes anos, no entanto, alguns problemas foram se acumulando. No meio científico, houve contestações sobre as inovações da molécula usada na fabricação do Tenofovir.

A Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, argumentou que o medicamento não reunia os requisitos necessários para concessão da patente. "A molécula já era conhecida, não houve inventividade. Portanto, não há condições necessárias para que a patente seja concedida", garantiu Eduardo Costa. Além disso, ao longo destes anos a Gilead concedeu a licença voluntária para produção do remédio na África e na Índia. "Mas a empresa impôs uma cláusula, que impede esses fabricantes de vender o Tenofovir ao Brasil", disse Guimarães.

PRECEDENTE NOS EUA

Há cerca de um mês, uma decisão nos Estados Unidos derrubando a patente do medicamento - por ele não apresentar inovações - acabou reforçando os argumentos para apressar, no Brasil, a análise da patente. "O INPI afirmou que somente poderia analisar o processo em caráter de urgência se o interesse público fosse decretado. Passada esta etapa, estou convicto de que em breve teremos uma decisão sobre o assunto", disse Guimarães. O secretário descartou a possibilidade de o INPI reconhecer os direitos da Gilead sobre o Tenofovir. "Se o escritório tão rigoroso como o dos Estados Unidos reconheceu a falta de inventividade do produto, não vai ficar bem o INPI decidir o contrário."

Guimarães disse que, com a recusa da patente para o Tenofovir, o Brasil ficará desobrigado de cumprir até o fim o contrato firmado com a empresa, que prevê entrega do remédio até maio de 2009. De acordo com ele, versões genéricas custam bem menos do que o produzido pela Gilead. O tratamento indiano custa US$ 170 por paciente ao ano.

O laboratório Gillead, que no Brasil tem como representante a United Medical, informou que só deverá se manifestar hoje (10/4) sobre a decisão. No entanto, destacou em comunicado da matriz norte-americana que a decisão sobre as patentes nos EUA não foi definitiva e que a empresa está recorrendo. O laboratório destacou ainda já ter encaminhado provas de que o Tenofovir representou uma inovação. A Interfarma, entidade que representa a indústria farmacêutica de pesquisa no País, declarou que a medida do governo "é um movimento legal" para acelerar análise de patente pelo INPI. A entidade, apesar de não ter a Gillead entre as associadas no Brasil, já tinha conseguido acesso ao decreto ministerial ontem por ser de interesse de todo o setor. "Não tem nada a ver com licença compulsória", enfatizou Gabriel Tannus, presidente da Interfarma. Ele prevê que, como a patente não foi reconhecida nos EUA, também não deverá ser aqui. "Fatalmente o medicamento deixará de ter patente."

ONGs que lutam pelos direitos das pessoas que vivem com o HIV e o laboratório público Farmanguinhos, ligado à Fundação Oswaldo Cruz, lutam desde 2006 para que o País não conceda patente ao Tenofovir. Até ontem (9/4), no entanto, elas não tinham sido informadas sobre a decisão. "Se for isto, é algo muito animador", disse Gabriela Chaves, do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual da Rede Brasileira pela Integração dos Povos. Chaves diz que a legislação dá prioridade na avaliação, pelo INPI, de pedidos de patentes de produtos que, por ato do Executivo, sejam declarados de interesse público. Anteontem o INPI deu 90 dias à Gillead para apresentar explicação sobre o pedido de patente.
Reportagem: Lígia Formenti e Fabiane Leite , O Estado de São Paulo

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O CONTESTADOR FARIA 50 ANOS

Cazuza faria 50 anos nesta sexta-feira (4/4). O cantor foi uma das personalidades mais marcantes da geração 80 do rock nacional e primeiro artista brasileiro a admitir publicamente que estava com Aids.

TRÊS momentos do músico: na sua festa de 28 anos, em um momento da doença e na polêmica capa da revista VEJA


O músico, morto em 1990, ganhou lugar no primeiro time dos compositores brasileiros como o autor de dezenas de hits que fizeram a trilha sonora da década de 80, como Bete Balanço, Exagerado e Brasil, seja no Barão Vermelho -banda que integrou até 85- ou em carreira solo.

Fã de Dolores Duran, Cartola, Lupicínio Rodrigues e outros medalhões da velha guarda, Cazuza injetou no rock, por meio de suas letras, a melancolia de seus ídolos, e deu uma identidade roqueira à dor-de-cotovelo.

Nascido Agenor de Miranda Araújo Neto, filho de um divulgador da gravadora Som Livre, João Araújo (que viria a se tornar presidente da empresa), Cazuza cresceu cercado por artistas da MPB, como Elis Regina, Jair Rodrigues e os Novos Baianos, que freqüentavam sua casa.

Na adolescência, Cazuza conheceu o rock de Janis Joplin, Rolling Stones e Jimi Hendrix, que logo combinou em baladas de sexo e drogas. Cansado de ter de buscar o filho na delegacia, o pai acabou por arrumar-lhe um emprego no departamento artístico da Som Livre.

Depois de passagens por diversos empregos, um curso de fotografia na California, e um grupo de teatro, em 1980, aos 23 anos, Cazuza -ou Caju, como era conhecido pelos amigos- entrou para o Barão Vermelho.

Cazuza foi apresentado a Roberto Frejat e os outros integrantes do Barão por um amigo comum, o cantor Léo Jaime, que sabia que os rapazes procuravam um vocalista. Encontraram mais do que isso: Cazuza deu ao grupo sua voz e suas letras.

O primeiro disco da banda, ''gravado em 48 horas'', não emplacou, mas a dupla Frejat e Cazuza percebeu que estava no caminho certo quando Caetano Veloso incluiu a música Todo Amor que Houver Nessa Vida em um show seu.

O disco seguinte foi impulsionado pelos sucessos Pro Dia Nascer Feliz -também gravado por Ney Matogrosso- e Bete Balanço, trilha do filme homônimo, de Lael Rodrigues, que trazia Débora Bloch no papel da personagem principal.

Maior Abandonado, terceiro disco do grupo, rendeu ao Barão seu primeiro disco de ouro, mas trouxe também os primeiros atritos entre Cazuza e os outros integrantes da banda.

Prestes a entrar em estúdio para gravar o quarto disco, Cazuza pulou fora da banda. Segundo o cantor, que se sentia insatisfeito com seu papel como vocalista do grupo, o fato foi bom para os dois lados: ''A dor acabou, continuei superamigo deles, minha parceria com o Frejat ficou melhor ainda''.

A partir de 1985, como artista solo, Cazuza lançou cinco discos em quatro anos. O primeiro sucesso, Exagerado, tornou-se um ''cartão de visitas'' dessa nova fase de sua carreira.

Brasil, tema de abertura da novela Vale Tudo, na voz de Gal Costa, foi também um grande sucesso do compositor em 88.

Em 1989, Cazuza admitiu publicamente ser portador do vírus do HIV, numa época em que havia ainda poucas opções de tratamentos para a Aids, e todas pouco eficientes.

O cantor morreu precocemente aos 32 anos, no dia 7 de julho de 1990, depois de uma série de internações no Brasil e no exterior, vítima de complicações de saúde ocasionadas pelo HIV.

No mesmo ano, a mãe do cantor, Lúcia Araújo, fundou a Sociedade Viva Cazuza, de apoio a crianças portadoras do vírus HIV, que funciona no Rio de Janeiro.

Em 2004, chegou aos cinemas o filme Cazuza - O Tempo Não Pára, dirigido por Walter Carvalho e Sandra Werneck, sobre a vida do cantor e compositor.

Em junho de 2005 foi lançado o disco O Poeta Está Vivo, com uma gravação ao vivo do cantor no Rio de Janeiro, em 1987.

Fonte: Uol