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sexta-feira, 16 de maio de 2008

GOVERNO DO RJ ANUNCIA CRIAÇÃO DO DISQUE-HOMOFOBIA

Benedita escreve a frase "Com nossas diferenças, manifestamos o nosso amor"
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O governo do estado do Rio de Janeiro anunciou, na tarde de hoje, a criação do disque-homofobia em meados de julho deste ano, como declarou a secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Benedita da Silva. Benedita esteve presente na 1ª Conferência Estadual de Políticas Públicas para GLBT do Rio de Janeiro, representando o governador Sérgio Cabral, no Teatro Odylo Costa Filho, no campus da Uerj, Zona Norte da cidade. Segundo ela, o governo federal está criando uma política de combate à discriminação. “Nosso carro-chefe é construir um centro de referência para criar políticas voltadas para esse público. Em meados de julho instalaremos o disque-homofobia, que será um serviço de ouvidoria para atender o público GLS”, informou. Outra proposta foi a criação de um serviço de apoio a homossexuais dentro da universidade, sugerida pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), como garantiu o presidente da conferência e superintendente de Direitos Individuais, Cláudio Nascimento.

Luzes e cores iluminam a abertura do evento

Iluminado com as cores do arco-íris, o hall de entrada inaugurou a conferência que irá até o dia 18 de maio, e está sendo promovida pelo governo do estado. O objetivo é criar um plano estadual para promover a cidadania e os direitos dos GLBT, além de definir estratégias de implantação do programa “Rio sem homofobia”. Uma das convidadas da mesa de abertura foi a diretora de gestão participativa do Ministério da Saúde, Ana Maria Costa. Segundo ela, o comitê permitiu identificar as necessidades dos GLS. “Os homossexuais estão mais vulneráveis a doenças. Deve haver um acompanhamento desse público, como a importância do uso da camisinha, a não utilização excessiva de silicone, entre outras coisas,” disse.

O diretor social do grupo Arco-íris, Júlio Moreira, afirmou que o Rio de Janeiro tem avançado bastante em relação a homofobia, mas que ainda há muito o que ser feito, como por exemplo nas delegacias.

"Não há no Rio uma delegacia gay, o estado precisa qualificar os profissionais para que eles recebam os homossexuais de forma adequada, sem discriminação," afirmou.

Fonte: Site G1
Fotos: Livia Torres/G1