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domingo, 21 de dezembro de 2008

VEM CHEGANDO O VERÃO...


E o verão finalmente chegou... hoje pela manhã. E além dos habituais férias, praia, cerveja, carnaval, a Estação mais esperada do ano traz a reboque um dissabor que há alguns anos vem atormentando a vida da população e autoridades em algumas regiões do país: a dengue.
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Afinal, o que é a dengue?

A dengue é uma doença causada por um vírus transmitido pela fêmea mosquito Aedes Aegipty, que também transmite a febre amarela urbana.
Há 4 tipos diferentes de vírus da dengue e a cada nova infecção aumentam os riscos de formas mais graves, como a dengue hemorrágica, que exige cuidados hospitalares.
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Você conhece bem a dengue? Sabe como evitá-la? Visite o site de Tylenol® e aprenda, entre outras:
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- como a dengue é transmitida;
- como identificar a dengue clássica e o seu tipo hemorrágico;
- como diferenciar a dengue de uma gripe comum;
- que atitude tomar ao suspeitar ter sido infectado;
- verdades sobre a doença;
- como combatê-la;
- videos e muita informação.
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Maiores informações sobre a doença também podem ser obtidas no site
www.combatadengue.gov.br do Ministério da Saúde.

INFORME-SE VOCÊ TAMBÉM! COMBATA A DENGUE!

Blog Saúde & Sexo e o Brasil unidos contra a dengue.


O Blog Saúde & Sexo agradece a Vinícius, de Curitiba, pela dica do website.

domingo, 7 de dezembro de 2008

VACINA CONTRA A AIDS LEVARÁ AINDA QUATRO OU CINCO ANOS, DIZ NOBEL DE MEDICINA


ESTOCOLMO — O francês Luc Montagnier (foto), co-premiado com o Nobel de Medicina 2008 junto com a francesa Françoise Barré-Sinoussi, afirmou que uma vacina terapêutica contra a Aids poderá ser realidade dentro de quatro ou cinco anos.


"É difícil dizer isso, mas pode ser um tema daqui a quatro ou cinco anos", declarou ontem em Estocolmo, onde, na próxima quarta, receberá o prestigioso prêmio.


Indagado sobre o otimismo excessivo dessa previsão, Montagnier explicou que chegar a uma vacina terapêutica é mais fácil do que uma vacina preventiva.


Montagnier também enfatizou que, se no momento não se pode erradicar a doença, existem várias maneiras de reduzir a infecção, através da educação, da informação e da prevenção, especialmente nos países em vias de desenvolvimento.


Ambos cientistas foram premiados com o Nobel por ter descoberto o vírus HIV, responsável pela Aids, doença que já matou 25 milhões de pessoas em todo o mundo.


FONTE: AFP

sábado, 6 de dezembro de 2008

AIDS: EPIDEMIA OCULTA

Governo lança diagnóstico rápido para atender 255 mil que teriam HIV sem saber

O governo brasileiro estima que há no país 255 mil pessoas infectadas pelo vírus HIV e que não sabem que carregam consigo o potencial de desenvolver a AIDS. O índice de jovens e adultos que se submeteram ao teste anti-HIV aumentou 67% nos últimos anos e hoje atinge 40% da população, segundo o Ministério da Saúde.

O acesso ao diagnóstico, no entanto, tem que chegar ao grupo que pode estar retardando, por ignorância, o início do tratamento, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, 200 mil portadores do HIV são tratados pelo coquetel anti-retroviral.

A estimativa sobre o número de pessoas que podem estar infectadas e ainda não sabem foi alcançada por uma fórmula que cruza dados do IBGE sobre a população total com o número de brasileiros sexualmente ativos e aqueles que já fizeram o teste antiHIV. No total, 0,61% dos brasileiros são soropositivos, dado também considerado no cálculo.

Na segunda-feira passada, Dia Mundial de Luta contra a AIDS, o Ministério da Saúde anunciou que irá enviar aos 27 estados 3,3 milhões de kits para teste rápido anti-HIV no ano que vem. O governo acredita que o diagnóstico precoce ajuda o paciente a melhorar a qualidade de vida.
- A testagem rápida facilita muito. Você vai ao serviço de saúde e já sai com o resultado. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o resultado no tratamento e a sobrevida do paciente - disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Os kits são feitos com tecnologia 100% brasileira, desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) e pela Universidade Federal do Espírito Santo. O paciente tem que fazer dois procedimentos e basta uma gota de sangue para cada exame. O resultado demora 15 minutos e, se confirmado nos dois exames, a confiabilidade é de 100%.
A diretora do Programa Nacional de DST/AIDS, MARIÂNGELA SIMÃO, recomendou que todos que fizeram sexo desprotegido com parceiro eventual devem procurar o serviço de saúde para realizar o teste.

- Todas as pessoas que um dia fizeram sexo inseguro, que estão preocupadas, devem procurar um serviço de saúde. O teste de HIV tem garantia total de anonimato - afirmou MARIÂNGELA.

Apesar do aumento no número de pessoas examinadas, a diretora disse que os testes estão mais concentrados entre as mulheres grávidas, que o fazem entre os exames de pré-natal.

O Ministério da Saúde também divulgou no dia 1º de dezembro uma pesquisa com oito mil pessoas sobre o preconceito contra soropositivos. Segundo a pesquisa, 22,5% acreditam que não se pode comprar em mercados onde há funcionários portadores do HIV. Para 19%, se um parente contrair o vírus, ele não deve ser tratado em casa. Outros 13% acham que uma professora SOROPOSITIVA não pode dar aulas em qualquer escola.

- Isso mostra que o estigma e a discriminação ainda estão muito presentes no Brasil, apesar de 96% da população afirmarem saber que o HIV se pega por via sexual. Então você mistura as duas coisas: um alto nível de informação e, ao mesmo tempo, uma tendência a culpar os soropositivos - lamentou MARIÂNGELA SIMÃO.

Para demonstrar o isolamento ao qual o portador da doença está exposto no Brasil, o ministério montou, em frente ao Palácio do Planalto, uma encenação na qual uma pessoa fica dentro de uma bolha transparente, sem conseguir interagir com o mundo do lado de fora. A peça foi intitulada "O preconceito isola".

Campanhas contra o preconceito também foram lançadas em outros países. Na África do Sul, manifestantes pediram acesso maior a diagnóstico e tratamento.
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por Catarina Alencastro
Fonte: jornal O Globo

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

1º de dezembro - DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS

CAMPANHA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
BRASIL - 2008


Sexo não tem idade
Proteção também não





AIDS NA TERCEIRA IDADE

Créditos:
Comercial feito por alunos do 1º ano de publicidade e propaganda do Cesumar (turma de 2003). Ganhou o premio de "melhor peça universitaria" no forum social de publicidade de Porto alegre em 2004.

1º de dezembro - DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS


Dia Mundial de Luta Contra a AIDS - 20 ANOS
1988-2008
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Proteja-se: Aprenda a Usar a Camisinha Corretamente




ADOTE ESTE ESTILO: USE SEMPRE CAMISINHA_


O Blog Saúde & Sexo agradece a TERESA CASTRO por ter gentilmente cedido este vídeo.

Equipe de Produção:

Gyslaine Gonçalves e Teresa Castro (alunas)

Vanda Correa Thomé (Coordenadora do Projeto em Extensão)

Curso Técnico de Enfermagem - CEFET Campos Uned Guarus

Música: Fidelity - Regina Spektor

sábado, 29 de novembro de 2008

TRIBAL BABY, NO "SAL & PIMENTA"

Venha Ferver


Por uma BOA causa...
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30/11 - 17h


TOP DJ'S - SHOW - MÚSICA AO VIVO

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_TODOS EM PROL DAS CRIANÇAS EXPOSTAS AO HIV
DO SETOR DE DST DO HOSPITAL DA POSSE - N.IGUAÇU - RJ


no SAL & PIMENTA

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Ingresso:

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1 lata de leite em pó ou
1 pacote de fralda descartável
Na falta do donativo, R$10,00

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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

1º DE DEZEMBRO: FIOCRUZ PARTICIPA DO DIA DE MOBILIZAÇÃO CONTRA A AIDS COM SEMINÁRIO ABERTO AO PÚBLICO

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Seminário de Prevenção da Infecção pelo HIV: Pesquisas em desenvolvimento na Fiocruz
1/12/2008
Local: Auditório do Pavilhão 26 (IOC)
Horário: 14h às 16h
Aberto ao público
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Programação científica:
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14h - Abertura
Dr. Paulo Buss - Presidente da Fiocruz
Dra. Valdiléa Veloso - Diretora do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC)
Dra. Tania Araújo-Jorge - Diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC)
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14h20min - Profilaxia Pré-Exposição
Dr. José Henrique Pilotto – Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e AIDS do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC)

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14h40min - Agentes Microbicidas – uma nova estratégia na prevenção contra o HIV
Dr. Luiz Roberto Castello Branco - chefe do Laboratório de Imunologia Clínica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC)
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15h - Uma Vacina contra o HIV: É possível?
Dr. David Watkins – Professor of Pathology
University of Wisconsin - Madison, USA
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15h30min - Impacto da vacina contra HIV: Cenários por modelagem matemática
Dra. Maria Gorete Fonseca – Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e AIDS Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC)
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16h - Coquetel de encerramento com Grupo de Chorinho
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Foto: Peter Ilicciev
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

E, HOJE EM DIA, COMO É QUE SE DIZ "EU TE AMO"?

Banco de Preservativos: A Prevenção em suas mãos

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ADOTE ESTE ESTILO: USE SEMPRE CAMISINHA
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Nosso agradecimento a TERESA CASTRO por ter gentilmente cedido este vídeo.
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Equipe de Produção:

Gyslaine Gonçalves e Teresa Castro (alunas)

Vanda Correa Thomé (Coordenadora do Projeto em Extensão)

Curso Técnico de Enfermagem - CEFET Campos Uned Guarus

Música: Vamos Fazer um Filme - Renato Russo

sábado, 18 de outubro de 2008

TRIBAL BABY, NA LE BOY...

Venha Ferver
Por uma BOA causa...
22/10 - 22h
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TODOS EM PROL DAS CRIANÇAS EXPOSTAS AO HIV
DO SETOR DE DST DO HOSPITAL DA POSSE - N.IGUAÇU - RJ
SUZY BRASIL - ROSE BOMBOM
Participação Especial: ROGÉRIA
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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

terça-feira, 30 de setembro de 2008

"Há três semanas eu descobri que tenho o vírus HIV." - AS ALUCINANTES NOITES DOS CAMICASES

Um novo perfil de paciente chega ao consultório dos infectologistas: jovens com menos de 25 anos que, embalados por álcool e drogas, deixam a camisinha de lado e se contaminam com o HIV


"Sempre soube da importância da camisinha. Minha mãe insistia para que eu nunca saísse de casa sem ela. Certa vez, na escola, uma professora demonstrou como usar o preservativo. Achei patético. Aquilo não era para mim. No fundo, achava que aids era coisa de gay. Aos 16 anos, no início da minha vida sexual, eu até usava camisinha, com medo de engravidar as meninas. Depois, desencanei por causa da bebida. Sob o efeito da cerveja e do uísque, aí é que a camisinha não saía mesmo do meu bolso. Meus amigos também agem assim. Há três semanas eu descobri que tenho o vírus HIV. É óbvio que eu tomei um susto. Mas agora estou mais tranqüilo. Daqui a uns dias vou começar a tomar o coquetel contra a aids. Sei que terei uma vida normal."
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O relato do estudante paulistano A.K., de 21 anos, é aterrador. Impressiona pelo descaso com o sexo seguro e, agora, pelo modo como enfrenta a infecção pelo HIV. Ele não é uma exceção. Rapazes e moças como A.K. se tornaram figuras freqüentes nos consultórios dos grandes infectologistas brasileiros: jovens de classe média, com menos de 25 anos, contaminados pelo vírus da aids em baladas regadas a muito álcool e drogas. "Em 28 anos de consultório, nunca vi tamanho desdém pela proteção sexual", diz Artur Timerman, infectologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. "E esse descaso é provocado pelo abuso de bebidas alcoólicas e substâncias entorpecentes." Oficialmente, a ocorrência de aids entre os jovens de 13 a 24 anos mantém-se estável nos últimos cinco anos. Eles representam 10% do total de infectados no país a cada ano, o que equivale a cerca de 3.000 casos. "Mas é urgente que essa rapaziada mude de comportamento já", alerta o infectologista David Uip, do Hospital Sírio-Libanês. "Do contrário, prevejo uma explosão da contaminação por HIV entre os jovens." Até recentemente, os portadores do vírus com menos de 25 anos que chegavam ao consultório de Uip eram, no máximo, três por ano. De 2007 para cá, o médico passou a atender, em média, um paciente com o mesmo perfil por mês. "Estou estarrecido com a postura camicase desses garotos", afirma o infectologista.
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Em algumas situações, o comportamento irresponsável adquire contornos suicidas. Comum entre os gays americanos desde os anos 90, vem ganhando força no Brasil a prática do bare-backing, em que homossexuais masculinos se expõem voluntariamente ao vírus da aids em relações sem proteção. A expressão barebacking pode ser traduzida como "cavalgada sem sela". Nessa roleta-russa da aids, um portador do HIV é chamado a participar de uma orgia. Ele pode ou não receber dinheiro por isso. Quando é contratado, o valor fica em torno de 3.000 reais. Batizado de "gift" (presente, em inglês), o soropositivo não é identificado. Todos os outros convidados, porém, sabem que na festinha há pelo menos um portador do HIV – e se divertem com o risco de ser infectados. Essa maluquice é protagonizada, em geral, por homens de 16 a 30 anos. Aos 48 anos, R.F. está contaminado há quinze. Já participou de uma dezena de barebackings. Num deles, foi o "presente", mas pediu para ser identificado. "Apesar do lenço vermelho amarrado no braço, o que denunciava o HIV, muitos quiseram ter relações comigo sem camisinha", conta R.F.
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As drogas que alavancam o comportamento sexual irresponsável – tanto de homossexuais como de heterossexuais – podem ser pesadíssimas. Além da onipresente cocaína, consome-se bastante o chamado special K, um anestésico de cavalo com efeito alucinógeno arrebatador. Outra droga que começa a despontar no Brasil é o crystal. Derivado da anfetamina, ele é muito comum nas festas gays. Nos Estados Unidos, onde o seu uso está amplamente disseminado, o crystal é alvo de campanhas antiaids por favorecer enormemente o sexo sem proteção. Um estudo publicado no Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes mostra que o crystal aumenta em 46% o risco de infecção pelo HIV. O álcool, por sua vez, quando consumido em excesso, quintuplica a probabilidade de um jovem fazer sexo sem proteção. Com a palavra a gaúcha C.A., secretária de 28 anos:

"O abuso de bebida na adolescência me levou a ter aids. Quando completei 18 anos, conheci um cara que adorava beber e eu passei a acompanhá-lo nas bebedeiras. A partir do nosso terceiro encontro, abandonei o preservativo. O álcool distorcia a minha visão da realidade. Dois meses depois do início do relacionamento, nós nos separamos. Sete anos mais tarde, por causa de uma febre alta que não cedia, descobri que estava com aids. Desconfio que peguei a doença daquele namorado. Mas não tenho certeza porque depois dele voltei a fazer sexo sem proteção. Infelizmente, existe a possibilidade de eu ter infectado outras pessoas sem saber".

_Um estudo conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo revela que 44% dos brasileiros recém-diagnosticados com HIV (14.000 pessoas ao ano, segundo as estatísticas oficiais) só descobrem a infecção com a manifestação dos primeiros sintomas da doença, como aconteceu com a secretária C.A. Em média, da infecção aos primeiros sinais da doença transcorrem sete anos. Ou seja, ao longo de todo esse período, homens e mulheres infectados podem pôr a vida de outras pessoas em risco – além da sua própria. Graças à evolução dos coquetéis de remédios, os jovens de hoje formam a primeira geração que não presenciou a devastação causada pelo HIV nos anos 80. "Para essa juventude, a aids parece ser uma realidade distante", diz o sanitarista Alexandre Grangeiro, coordenador do trabalho da USP. "Além disso, como os retrovirais estão mais eficazes, os jovens superestimam os efeitos dos medicamentos e acreditam que podem tratar a aids como um mal crônico qualquer." De fato, tais remédios têm tudo para garantir uma longa vida ao jovem A.K., o estudante de 21 anos que acaba de se descobrir portador do HIV. A "normalidade" que ele imagina, no entanto, é uma ilusão. Apesar de todos os progressos na área farmacêutica, conviver com o HIV não é tão simples assim. Os remédios só fazem efeito se tomados à risca, apresentam efeitos colaterais desagradáveis e a quantidade pode chegar a nove comprimidos diários. O melhor é não ter de tomá-los. Muito melhor é ter responsabilidade.

Reportagem: Adriana Dias Lopes Fonte: Revista VEJA Online - ed. 1/10/2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

MINISTÉRIO DA SAÚDE CONFIRMA QUE GAYS NÃO PODEM DOAR SANGUE



Em nota técnica datade de 15/09, o Ministério da Saúde confirmou que gays e homens que fazem sexo com outros homens (HSH) não podem ser doadores de sangue. Segundo os representantes do Ministério, os grupos "mantém conduta de risco de infecção de doenças como Hepatite B, C e AIDS".
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A nota intitulada "Situação de risco acrescido para doação de sangue" é baseada em algumas pesquisas recentes e outras nem tanto, relacionadas à Aids. De acordo com os dados, no Brasil a Epidemia de Aids é menor que 1% na população em geral, e maior que 5% em gays e HSH.
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Além disso, estudos nos EUA e na Inglaterra também apontam diferenças significantes no número de casos de Aids entre gays e entre heterossexuais. O mesmo é dito sobre a hepatite C, em uma pesquisa de 1991, "HSH pode ser considerado de risco acrescido para infecção pelo vírus da hepatite C (VHC), apesar da via sexual não ser uma via efetiva de transmissão do vírus".
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O Ministério da Saúde chega a conclusão de que estão inaptos para doação de sangue: homens e ou mulheres que tenham feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas, e os parceiros sexuais destas pessoas; pessoas que tenham feito sexo com um ou mais parceiros ocasionais ou desconhecidos, sem uso do preservativo; pessoas que foram vitimas de estupro; homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes; homens ou mulheres que tenham tido relação sexual com pessoa com exame reagente para anti-HIV, portador de hepatite B; pessoas que estiveram detidas por mais de 24h; pessoas que tenham colocado piercing ou feito tatuagem em lugares que não apresentavam condições de segurança; pessoas que tenham apresentado exposição a sangue ou outro material de risco biológico; pessoas que sejam parceiros sexuais de hemodialisados e de pacientes com historia de transfusão sanguínea; pessoas que tiveram acidente com material biológico.
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Antes de encerrar o comunicado, a entidade pede desculpas pela restrição de doadores. "No entendimento do Ministério da Saúde, as restrições a doação de sangue presentes na legislação sanitária, nao têm por objetivo a exclusao do grupo de gays e HSH desta generosa prática; nem tampouco apoiar atitudes de constrangimentos e de discriminação desta natureza nos serviços de hemoterapia. A posição do Ministério da Saúde e a de convocar os diversos atores envolvidos neste tema a ampliação da consciência sanitária e da solidariedade. Desta forma, espera-se que os gays e HSH conheçam os riscos reais e assumam a responsabilidade sobre a saúde das pessoas receptoras do sangue doado e que, os serviços de hemoterapia realizem o atendimento de forma mais acolhedora e humanizada, livre de qualquer discriminação dos candidatos à doação".
Para ler o documento de 7 páginas, clique aqui.
Fonte: A Capa / Site do Programa Nacional de Aids

CRESCE INCIDÊNCIA DE AIDS ENTRE USUÁRIOS DE DROGAS INJETÁVEIS



LONDRES (Reuters) - A taxa de infecção do vírus HIV entre usuários de drogas injetáveis parece estar em ascensão, segundo estudo publicado semana passada.

Estima-se que haja 3 milhões de usuários de drogas injetáveis soropositivos, segundo a compilação de estudos e de dados da ONU e de especialistas internacionais.

Essa pesquisa detectou o uso de drogas injetáveis em 148 países, e descobriu que em nove países esse tipo de paciente representa 40 por cento dos soropositivos: Estônia, Ucrânia, Myanmar, Indonésia, Tailândia, Nepal, Argentina, Brasil e Quênia.

"Os novos dados sugerem aumentos tanto no número de usuários de drogas injetáveis quanto na prevalência do HIV em usuários", disseram Kamyar Arasteh e Don Des Jarlais, do Centro Médico Beth Israel, de Nova York, em um comentário sobre o estudo publicado na revista médica Lancet.

Segundo eles, ainda há tempo para educar as pessoas em países onde o uso de drogas injetáveis é comum, mas o vírus ainda não começou a infectá-los em grande escala.

Seringas usadas podem transmitir o vírus da Aids, e os usuários de drogas também ficam mais propensos a outros comportamentos de risco, como o sexo sem preservativo.

Os pesquisadores estimam que em 2007 quase 16 milhões de pessoas tenham usado drogas injetáveis. China, EUA e Rússia lideram essa estatística. Segundo eles, há poucos dados da África, e o Sudeste Asiático, o Leste Europeu e a América Latina também despertam preocupação.

"O uso de drogas injetáveis ocorre na maioria dos países, e a infecção por HIV é prevalente entre muitas populações de usuários de drogas injetáveis, representando um grande desafio à saúde global", escreveram Bradley Mathers e seus colegas do Centro Nacional de Pesquisa com Drogas e Álcool da Austrália.

A pesquisa apontou grandes disparidades entre os países. Na Grã-Bretanha, por exemplo, 0,4 por cento das pessoas entre 15 e 64 anos já usaram drogas injetáveis, e 2,3 por cento delas têm Aids.

Na Espanha, a proporção de usuários é inferior, 0,31 por cento, mas quase 40 por cento deles têm o HIV, maior proporção da Europa, segundo os pesquisadores.

Mesmo tendo mais usuários, Austrália e Nova Zelândia mantiveram baixíssimos índices de contaminação, graças a adoção de programas de distribuição e troca de seringas e agulhas na década de 1980.

Eles também citaram com preocupação a rápida expansão da epidemia entre usuários estonianos nos últimos anos. "Há uma década, o HIV não era identificado entre pessoas que injetavam drogas na Estônia. Uma estimativa recente sugere que agora a prevalência do HIV em algumas populações tenha alcançado 72 por cento em uma amostra de usuários de drogas injetáveis."


Fonte: Reuters
por Michael Kahn

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

CADASTRAMENTO DE VOLUNTÁRIOS PROSSEGUE NA FIOCRUZ

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O Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, da FIOCRUZ, informa que, apesar da enorme procura, continua cadastrando voluntários para um estudo internacional a ser iniciado em breve.

Chamado "Quimioprofilaxia para a Prevenção do HIV em Homens", o estudo avaliará se o medicamento, tomado apenas uma vez ao dia, é seguro e eficaz na prevenção da infecção pelo HIV em homens que fazem sexo com homens (HSH) com alto risco de se infectarem pelo HIV.

Participe deste estudo que está acontecendo em 6 países do mundo: Peru, Equador, Estados Unidos, África do Sul, Tailândia e Brasil. Acesse o site do estudo, clicando na imagem acima ou aqui.


Fonte: IPEC/Fiocruz

PARADA DO ORGULHO LGBT-RIO: CAMPANHA NÃO À HOMOFOBIA


A Campanha do Grupo Arco-íris de Cidadania LGBT lançada na 13ª Parada do Orgulho LGBT-Rio 2008, que acontece no dia 12 de outubro, pretende ser um canal de divulgação, pressão e mobilização social pela aprovação do PLC 122/06 - criminalização da homofobia, tema já discutido no ano anterior, que esse ano ganha um site, materiais gráficos e um conjunto de eventos no Rio e em várias partes do Brasil que pedem a participação ativa da população para votar a favor. O site ficará ativo, por pelo menos seis meses, para mobilizar as pessoas, trazer a discussão da violência contra LGBT à tona. A campanha estampa manequins com as marcas da homofobia.
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O conceito
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Criada pela Indústria Nacional Design e Dialogo Design, a idéia foi criar uma campanha que pudesse impactar a sociedade, mostrar a conseqüência da violência contra LGBT, mas sem retratar pessoas, fazer isso de maneira sensível, criativa e inovadora. Daí, veio a idéia de usar manequins que têm uma expressão sem brilho, mas refletem justamente o que uma pessoa sente quando ela é agredida por sua orientação sexual ou identidade de gênero: apanha simplesmente por existir. No fim, parece que os manequins ganharam vida e a imagem faz refletir sobre todo tipo de violência.
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VOCÊ É A FAVOR DA LEI QUE CRIMINALIZA A HOMOFOBIA?
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Clique aqui para votar.

Entenda a lei

Para ler o projeto de lei na íntegra, clique aqui.

VOTE!

sábado, 20 de setembro de 2008

ABIA FAZ SEMINÁRIO SOBRE ACONSELHAMENTO EM HIV/AIDS NO RIO DE JANEIRO


No dia 02 de outubro, a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) e a Gerência de DST/AIDS da Secretária Municipal de Saúde do Rio de Janeiro realizarão no Hotel Guanabara (Av.Presidente Vargas, 392 - Centro) o seminário Aconselhamento em diferentes contextos: entraves e saída. O objetivo dos organizadores é o de reunir diferentes instituições, profissionais de saúde, pesquisadores, ativistas de movimentos sociais e usuários do sistema público de saúde para discutirem os princípios que norteiam as práticas e as ações de aconselhamento que têm sido realizadas nos últimos anos, tendo em vista a nova dinâmica da epidemia de HIV/AIDS e o acesso a serviços de diagnóstico, prevenção, assistência e tratamento no município do Rio de Janeiro e em cidades vizinhas. A seguir, veja a programação do evento:

9:00h - Abertura

9:20h - Apresentação da pesquisa sobre Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA)

10:20h - Mesa 1: aconselhamento em HIV/AIDS

12:20h - Almoço

13:20h - Mesa 2: A prática de aconselhamento em diferentes espaços: enfrentando as vulnerabilidades. Como eu faço?

15:20h- Coffee break

15:25h - Mesa 3: A prática de aconselhamento em diferentes espaços: enfrentando as vulnerabilidades. Como eu faço (continuação)?

17:25 - Encerramento

A inscrição para o seminário deve ser feita através de contato com a ABIA pelo telefone (21) 2223-1040. O evento é gratuito e as inscrições limitadas.
Mais informações com Ivia Maksud ou Juan Carlos pelo e-mail abia@abiAids.org.br.

Fonte: Abia

terça-feira, 16 de setembro de 2008

MAIOR RISCO DE CONTRAIR DST É ENTRE MENORES DE 20 ANOS, DIZ PESQUISA

BRASÍLIA - A chance de desenvolver uma doença sexualmente transmissível é maior em pessoas com menos de 20 anos. Outros fatores contribuem para aumentar a vulnerabilidade às DST, como sexo desprotegido, múltiplas parcerias sexuais, sexo anal e uso de drogas injetáveis. Os dados são do mais recente levantamento sobre o assunto do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde em cinco capitais: Rio, São Paulo, Porto Alegre, Goiânia, Fortaleza e Manaus.

Entre 2004 e 2007, foram feitos testes de sífilis, gonorréia, clamídia, HIV, Hepatite B e HPV em mais de 9 mil pessoas, divididas em três grupos distintos: 3.303 gestantes, 2.814 homens trabalhadores de pequenas indústrias e 3.210 mulheres e homens que procuraram serviços de saúde especializados em DST. Os dois primeiros compõem a amostra representativa da população geral dessas capitais - mulheres e homens sexualmente ativos, entre 18 e 60 anos. O último conjunto concentra pessoas com características epidemiológicas de maior vulnerabilidade.

O estudo revelou que 42% das grávidas tinham, pelo menos, uma das DST analisadas - 11% tinham uma infecção bacteriana e 37%, viral. Essas últimas, como o HPV e a Hepatite B, não têm cura; podem, apenas, ser controladas, em alguns casos, com medicamentos caros e escassos. Entre essas mulheres, 16,7% tiveram mais de um parceiro sexual no ano anterior e 49,2% disseram que nunca usam preservativo com parceiro fixo. O grupo apresentou, ainda, prevalência de 40,4% para HPV.

Também chamaram atenção as prevalências de clamídia (9,4%) e gonorréia (1,5%). Um total de 10% das gestantes estudadas apresentaram infecção simultânea das doenças. Quando não tratadas, elas podem levar a complicações como parto prematuro, ruptura prematura de membranas, infecção puerperal, cegueira e pneumonia neonatal. A prevalência de Sífilis (2,6%) também é um dado importante, pois a doença pode provocar aborto, morte do feto, malformações ósseas, surdez, cegueira e problemas neurológicos, entre outros.

Essas três doenças são curáveis e o diagnóstico e tratamento devem estar disponíveis na rede pública de saúde. Os medicamentos usados no tratamento, que devem ser prescritos por um médico, também são vendidos na Farmácia Popular, a preços que vão de R$ 0,39 a R$ 5 (exceto a penicilina benzatina, usada no tratamento da Sífilis, e que deve ser aplicada por um profissional de saúde).

Os homens trabalhadores da indústria apresentaram o menor índice de ocorrência de DST (5,2%) entre os pesquisados. Clamídia foi a doença com maior prevalência (3,4%), seguida da Sífilis (1,9%) e gonorréia e Hepatite B, ambas com mesmo percentual (0,9%). Como o exame de HPV exige coleta de material em ambulatório, não houve investigação dessa doença no grupo, pois eles foram abordados no ambiente de trabalho.
Fonte: Agência Aids / O Globo Online

sábado, 30 de agosto de 2008

AIDS: MEDO E PRECONCEITO


A partir da década de 90 pesquisas relacionadas ao crescimento de casos de Aids no País começavam a apontar para o alto índice de pacientes nas camadas mais pobres da população. De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de 1980 a junho de 2007, foram notificados 474.273 casos de Aids no País, sendo 289.074 no Sudeste. No ano passado todos os municípios do estado apresentavam pacientes com o vírus. A doença passou a crescer mais em regiões onde a presença do estado é somente percebida pelas forças policiais. Além da dificuldade de se fazer um tratamento correto, o paciente ainda sofre com o preconceito dentro da própria comunidade.
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Relatos de traficantes que expulsam moradores portadores do vírus HIV têm aumentado, apesar da dificuldade de se registrar os casos, por conta do medo de se falar abertamente sobre a doença. Na favela São José, em Madureira, os moradores que são suspeitos de terem o vírus são acompanhadas de pessoas que trabalham para o tráfico para fazer o exame. “Se der positivo nem precisa voltar para a favela”, quem diz isso é X, 45 anos, que foi expulsa há quatro anos de uma favela da Zona Norte. A sua sobrinha, mulher de um dos bandidos, contou que a tia tinha a doença.
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“A minha filha mais nova teve hepatite e diziam que era Aids. Toda dia, ela ouvia provocações do tipo: ‘sai de perto que ela tem Aids, pegou da mãe’. Chegou um ponto que ela não agüentou mais e bateu de frente com um deles”, diz.
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Pouco tempo depois, os traficantes expulsaram as duas da favela: “Eu lembro que um deles dizia em voz baixa para pegar meus documentos. Nós saímos com a roupa do corpo e não deu tempo de pegar mais nada”, relembrando com lágrimas nos olhos. “A casa da minha filha era linda, ela tinha tudo: geladeira, televisão. Eu via que não estavam brincando e sei como eles agem quando não se obedece”, conta X, que portadora do vírus há seis anos.
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Hoje ela vive na Baixada mas não contou para os seus vizinhos que era soropositiva. “Eu recebo muito carinho das pessoas, elas me dão abraços, não sei se teriam a mesma atitude se soubessem que eu tenho AIDS. Muitas pessoas ainda pensam que a doença se pega pelo ar”, lamenta.
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“Esquecer a doença é preocupante”
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Segundo dados do Governo Federal, de dezembro de 2007, o estado do Rio de Janeiro ocupa a terceira posição no Brasil em relação a taxa de incidência de AIDS em jovens de 13 a 24 anos. “Isso mostra que as pessoas esqueceram da doença, mas a nossa luta não acaba nunca. É preciso criar novos espaços de convivência para que a Aids não caia na invisibilidade. Este é hoje, o meu maior receio”, desabafa George Gouvea, psicanalista responsável pelo atendimento dos pacientes que recorrem ao grupo Pela Vidda, instituição que atua pela valorização e dignidade dos pacientes de Aids.
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George destaca que o crescimento do número de casos de Aids nas camadas mais pobres não é um fenômeno novo. “Essas pessoas sempre estiveram mais vulneráveis. Mesmo os medicamentos sendo distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) através das UDM’s (Unidades Dispensadoras de Medicação de anti-retrovirais), não basta para a pessoa levar uma vida com qualidade. É preciso uma alimentação balanceada, praticar atividade física para ajudar no tratamento, já os efeitos colaterais causados pela doença, podem ser o afinamento dos braços e pernas e o aumento exagerado do abdômen, por causa da redistribuição de gordura corporal. Esse tipo de informação muitas vezes não chega aos pacientes”.
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Para ele, quem tem recursos pode levar uma vida quase normal. “Para ver a cara da Aids basta ir a um ambulatório. As pessoas vêem o SUS como um favor, mas ele é um direito. Pagamos impostos por isso”.
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Kátia Edmundo, psicóloga e coordenadora executiva do Centro de Promoção da Saúde (Cedaps), diz que realizar trabalhos focados nesses grupos é dos desafios para controlar o crescimento da doença. “Trabalhar com a prevenção é essencial. Uma das soluções seria o aumento do uso do preservativo feminino, assim a mulher teria mais autonomia e poderia negociar com o parceiro”.

Renata Sequeira

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

AIDS NÃO! PROTEJA-SE. USE CAMISINHA!

O que
John Lennon, Fred Mercury, George Clooney, Gwen Stefani,
Cameron Diaz e Brad Pitt
têm em comum?
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SIDA = AIDS

terça-feira, 19 de agosto de 2008

FIOCRUZ TESTA REMÉDIO QUE PODE PREVENIR CONTAMINAÇÃO POR HIV

200 homossexuais serão cadastrados para pesquisas com o Truvada,

medicamento que já faz parte do coquetel

RIO - A Fundação Oswaldo Cruz iniciou o cadastramento de 200 voluntários homossexuais que irão participar de uma pesquisa mundial para determinar se o medicamento comercializado com o nome de Truvada, já utilizado no coquetel antiaids, pode também prevenir a contaminação pelo HIV.
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Um estudo publicado em 2006 demonstrou que a droga teve 97% de eficácia para prevenir a infecção pelo HIV em macacos. O Truvada é um medicamento já aprovado pelo Foods and Drugs Administration (FDA, órgão que controla medicamentos nos EUA) que combina em comprimido o tenofovir e a emtricitabina. É usado em vários países, inclusive no Brasil, no tratamento de HIV/Aids.
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"Há outros modelos de estudos em andamento, mas essa droga é a que se mostrou mais promissora", disse o infectologista do Instituto de Pesquisas Clínicas e coordenador do estudo na Fiocruz, Jorge Eurico Ribeiro.
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O estudo global está sendo conduzido pela Universidade de São Francisco e é patrocinado pelo National Health Institute, o ministério da saúde norte-americano, e pela Fundação Bill Gates. Reúne 3.000 voluntários de seis países, que serão acompanhados por um ano e meio.
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O Truvada foi escolhido por ser um medicamento seguro, com poucos efeitos colaterais e já foi utilizado por cerca de 150 mil pessoas. O comprimido será tomado um vez ao dia por metade dos voluntários. A outra metade irá tomar placebo.
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"Se o número de infecções for menos no grupo que recebeu o Truvada, isso pode indicar que ele é eficaz na prevenção da contaminação. Se o índice de novas infecções for baixo em ambos os grupos, teremos conseguido uma forma de aconselhamento que efetivamente reduziu o risco HIV", explicou Ribeiro, ressaltando que a equipe da Fiocruz está efetivamente comprometida em diminuir os índices de infecção.
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Durante as 72 semanas da pesquisa, os voluntários serão examinados e farão exames mensalmente, além de responderem a um questionário anônimo sobre o seu comportamento sexual no período. Ribeiro enfatizou que o grupo receberá camisinhas e orientações de como evitar a contaminação.
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"Vamos acompanhar um grupo de alto risco e cruzaremos as informações que eles nos darão com os exames para chegar ao resultado", explicou Ribeiro. Os voluntários têm de ser homens que façam sexo com homens, tenham no mínimo 18 anos e sejam HIV negativo, saudáveis e sexualmente ativos.
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O fabricante do Truvada, o laboratório Gilead Sciences está fornecendo os comprimidos para o estudo, mas não participou do desenho, implementação ou aplicação do estudo, informou Ribeiro. "O estudo está totalmente de acordo com padrões éticos e foi aprovada pela Fiocruz e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) do Ministério da Saúde", disse ele.
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Fonte: Fabiana Cimieri, especial para O Estado de São Paulo

Para maiores informações sobre a pesquisa, entre em contato através de:

email: iprex@iprex.com.br ou ligue GRÁTIS 0800-28-47739

domingo, 3 de agosto de 2008

CONFERÊNCIA AIDS 2008: BRASIL É NOTÍCIA NO MÉXICO

Em um contexto global em que a epidemia global de HIV/aids no mundo começa a mostrar indícios alentadores, o México aparece como un dos países que destinam mais recursos internos à luta contra a doença, revelou o Informe sobre a Epidemia Mundial de Aids 2008. -
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Considerando somente o gasto nacional, unicamente o Brasil, a África do Sul , e a Federação Russa estão gastando mais para frear a doença, revelou o documento. .O mesmo indica que a infecção foi reduzida de três a 2.7 milhões de pessoas no final do ano passado e as mortes por aids diminuíram para 2 milhões.
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Elaborado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids), o informe assegura que o futuro da epidemia ainda é “incerto”, pelo que urge intensificar ações preventivas e de tratamento. No mundo há 33 milhões de pessoas que vivem com o HIV, número que traduz uma estabilização da epidemia, mas a um custo alto, porque “o silêncio, o temor e a vergonha” ainda permitem que esta doença se multiplique com estigmas e discriminação.
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E se a taxa de novas infecções baixou em vários países, no plano mundial esta tendência é compensada em parte pelos novos casos em outros países, sobretudo entre os mais pobres. A metade de todas as infecções pelo HIV correspondem a mulheres, percentagem que tem se mantido estável durante os últimos anos; e em geral se registra um aumento entre os jovens de 15 a 24 anos de idade. O informe destaca que o número de pessoas em tratamento aumentou em um milhão, tendo alcançado um total de três milhões de pacientes que recebem terapia com anti-retrovirais, o que resultou na redução do número de mortes pela aids de 2.2 (2005) a 2.1 milhões (2006) e depois a dois milhões (2007).
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“Continuam existindo cinco novas infecções para cada duas pessoas que entram em tratamento. Desta forma, fica claro que não estamos contendo a epidemia o suficiente”, disse Paul de Lay, da Unaids. O acesso ao tratamento melhorou muito, no entanto, sem lograr os objetivos mundiais. Segundo a Unaids, em 2007 os programas contra o flagelo dispuseram de 10 bilhões de dólares, 8 bilhões a menos que o necessário.
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A tuberculose ainda é a causa principal de morte para quem vive com o HIV em países de pobres. No informe, Philippe Lamy, representante da Organização Mundial de Saúde no México, assinalou que a tuberculose triplicou sua prevalência em países com alta incidência de HIV nas últimas duas décadas. Carlos Núñez, representante da Unaids para a América Latina, informou que em 2007 as novas infecções foram estimadas em 140 mil, tanto que o número de pessoas que vivem infectadas chegou a 1.7 milhões. Se estima que naquele ano 63 mil pessoas morreram como consequência de enfermidades ligadas à aids.
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A epidemia na AL se mantém geralmente estável; a transmissão na região se dá principalmente entre homens que fazem sexo com homens, professionais do sexo e, em menor medida, usuários de drogas injetáveis. Brasil y México têm as mais altas taxas de contágio; o primeiro tem mais de 40 por cento dos casos (730 mil); o México tem mais de 2 mil pessoas HIV-positivas.
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Números que doem A cada dia cerca de 7 mil 500 pessoas se infectam pelo HIV no mundo, a maioria por contato sexual ou pelo consumo de drogas injetáveis. A África subsaariana continua sendo a região mais afetada pela epidemia. 67 por cento dos casos globais se registram naquela região. A maior incidência também está ligada a mais mortes pela enfermidade. 72 por cento das mortes pela aids ocorrem na África subsaariana.

por Eugenia Jiménez, traduzido por Ygor Dias Moura

Fonte: Jornal Milênio - Cidade do México http://www.milenio.com/mexico/milenio/notaanterior.asp?id=989753

quinta-feira, 31 de julho de 2008

AIDS CRESCE NA CHINA E INDONÉSIA MAS MELHORA NA ÁFRICA, DIZ RELATÓRIO DA ONU

O número de novos casos de contaminação pelo vírus HIV caiu ligeiramente no mundo, em 2007, de acordo com um relatório divulgado na terça-feira pelo Programa das Nações Unidas para HIV e AIDS (Unaids). Pelo segundo ano consecutivo, caiu também o número de mortos pela epidemia: dois milhões de pessoas em todo o planeta. Mas a notícia ainda está longe de ser considerada boa. De acordo com o órgão, é preciso intensificar a luta contra a epidemia, que atinge 33 milhões de pessoas em todo o mundo - sendo dois milhões de crianças com menos de 15 anos.
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"Os avanços distribuem-se de forma desigual,
e o futuro da epidemia continua a ser incerto"
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Segundo estimativa feita pelo órgão, 2,7 milhões de novos casos da doença surgiram no planeta, o equivalente a quase 7.400 novas infecções por dia. A África subsaariana ainda é, de longe, o maior foco de infecção do planeta com 67% dos casos e 72% das mortes provocadas pela doença. Mas o números melhoraram ligeiramente na região, ondem vivem 90% das crianças contaminadas pelo HIV em todo o mundo.
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"Um aumento de seis vezes no montante gasto com os programa de combate ao HIV em países de baixa e média renda, entre 2001 e 2007, começa a render frutos", afirmou o relatório. "Os avanços, no entanto, distribuem-se de forma desigual, e o futuro da epidemia continua a ser incerto, chamando atenção para a necessidade de intensificar as ações para avançar rumo ao acesso universal à prevenção, ao tratamento, ao cuidado e ao apoio quando se trata do HIV", disse o documento, lançado antes de uma conferência internacional sobre a Aids a ser realizada de 3 a 8 de agosto, na Cidade do México. O Blog Saúde & Sexo estará presente à conferência.
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Mas a Aids ainda cresce em países como a China, a Indonésia, o Quênia, Moçambique, Papua Nova Guiné, a Rússia, a Ucrânia e o Vietnã. As contaminações pelo HIV também estão aumentando em países como a Alemanha, a Grã-Bretanha e a Austrália.
"Os avanços na preservação de vidas ao evitar novas contaminações e fornecer tratamento para os portadores do HIV devem ser mantidos no longo prazo", disse em um comunicado o diretor-executivo do Unaids, Peter Piot. "Os ganhos de curto prazo devem servir de plataforma para revigorar os esforços que combinam prevenção e tratamento e não para alimentar qualquer tipo de complacência." O relatório veio a público cinco dias depois de o Congresso dos EUA ter aprovado uma grande ampliação do programa de combate à Aids e a outras doenças na África e em outras partes do mundo. A medida agora precisa ser sancionada pelo presidente americano, George W. Bush.

Na América Latina, a estimativa do órgão é de que 140 mil novos casos de infecções com o vírus surgiram no ano passado, elevando a 1,7 milhão o número de soropositivos no subcontinente. Cerca de 63 mil pessoas morreram por doenças decorrentes da Aids no ano passado, na região, onde a transmissão do vírus ocorre principalmente em homens que fazem sexo com outros homens, garotos e garotas de programa e (em menor extensão) usuários de drogas injetáveis.

No Brasil, falta de prevenção e tratamento na Amazônia e no sertão

Na divulgação do relatório, o Ministério da Saúde estimou que 600 mil pessoas viviam com HIV no Brasil em 2007, das quais 180 mil já desenvolveram os sintomas e estão em tratamento com remédios anti-retrovirais. O Brasil registra 30 mil novos casos por ano, sendo cerca de um terço deles na população de 15 a 24 anos. Por ano, morrem 11 mil pessoas no país em decorrência da doença. A incidência da doença é estável no Brasil nesta década. A taxa de novas infecções pelo HIV caiu em vários países, mas essa queda foi contrabalançada globalmente pelo crescimento de novas infecções em outras regiões.

O coordenador do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, disse que há avanços na situação mundial, mas enfatizou que é preciso garantir o acesso universal dos portadores do HIV a tratamento, assim como oferecer testes em larga escala. Ele disse que o uso de preservativos é a melhor saída para prevenir a doença e acrescentou que o Brasil serve de exemplo para o mundo.

A AIDS EM NÚMEROS

Número total de infectados por região:
África subsaariana : 22 milhões
Africa do Norte e Oriente Médio : 380 mil (sendo 320 mil só no Sudão)
Ásia do Sul e do Sudeste : 4,2 milhões
Ásia do leste : 740 mil
América Latina : 1,7 milhão
Caribe : 230 mil
América do Norte : 1,2 milhão
Europa Ocidental e Central : 730 mil
Europa Oriental e Ásia Central : 1,5 milhão
Oceânia : 74 mil
Novas infecções pelo HIV em 2007:
África subsaariana : 1,9 millhão
África do Norte e Oriente Médio : 40 mil
Ásia do Sul e do Sudeste : 330 mil
Ásia do Leste : 52 mil
América Latina : 140 mil
Caribe : 20 mil
América do Norte : 54 mil
Europa Ocidental e Central : 27 mil
Europa Oriental e Ásia Central : 110 mil
Oceânia : 13 mil

Fonte: O Globo Online / Agências Internacionais

quinta-feira, 24 de julho de 2008

NÚMERO DE JOVENS GAYS MASCULINOS COM HIV CRESCE 70,5%

Entre a população de 13 a 19 anos, há 10 mulheres infectadas para cada 6 rapazes portadores de HIV

O número de jovens homo e bissexuais masculinos com HIV no País aumentou 70,5% em uma década, revelou o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Em 1996, homossexuais e bissexuais masculinos representavam 24,1% do total de casos da doença entre 13 e 24 anos. Em 2006, a proporção saltou para 41,1% dos casos na mesma faixa etária. Entre heterossexuais, a proporção também aumentou neste período, mas numa velocidade menor, 51,6%.
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O documento mostra ainda que, entre jovens, o grupo feminino está mais vulnerável à epidemia. Na faixa etária de 13 a 19 anos, há hoje dez mulheres infectadas para cada seis homens. Algo bem diferente do que ocorria em 1985, quando eram contabilizados 14 casos no grupo masculino para cada caso feminino.
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As duas tendências preocupantes reveladas pelo boletim têm em sua origem um problema comum: dificuldade no acesso a serviços de saúde e resistências culturais. “Meninas sentem-se inibidas em recorrer a postos de coleta de preservativos. O mesmo ocorre com jovens gays, que temem a discriminação”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de DST-Aids, Mariangela Simão. No caso de jovens gays, há um problema adicional, vivido também na Alemanha e em alguns estados americanos. Esta geração cresceu longe do horror que a doença provocava no início da epidemia. Agora, a aids é vista como um problema crônico, o que, em parte, acaba abrindo brechas para que a prevenção seja mais “frouxa”.
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Diante da tendência registrada entre bissexuais homens e homossexuais, o Programa Nacional de DST-Aids, em conjunto com a sociedade civil, desenvolveu um conjunto de ações. A estratégia tem como principal objetivo reduzir a homofobia entre grupos de jovens, ampliar a consciência sobre a necessidade de proteção e do uso de preservativos. Entre homossexuais e bissexuais de faixas etárias mais altas, o número de casos novos está caindo. Justamente por isso, a média de casos de aids entre homo/bissexuais mantém-se estável.
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EM QUEDA - O boletim aponta ainda uma tendência de queda no número de casos de aids no Brasil. Em 2006, foram registrados 32.628 casos novos da infecção. Em 2002, haviam sido notificados 38.816 novos pacientes. “Mas é cedo para falar que o número de casos está caindo. Para isso, precisamos esperar pelo menos mais dois anos”, afirmou.
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A cautela se explica. A epidemia hoje está pulverizada pelo País, 86% dos municípios brasileiros têm casos registrados da doença. “Com a interiorização, há maior risco de a notificação dos casos ser mais lenta”, observou. A análise dos dados mostra que o número de casos da doença permanece estável nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Já nas regiões Norte e Nordeste, a epidemia apresenta um ritmo crescente.
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A diferença também é notada nas taxas de mortalidade. Regiões Norte e Nordeste apresentam números mais elevados. Para Mariangela, isso demonstra deficiências nos sistemas de saúde dessas duas regiões. “É preciso melhorar principalmente o diagnóstico precoce e o início do tratamento”, observou. O trabalho mostra, por exemplo que 13,9% dos indivíduos diagnosticados com aids no Norte morreram um ano depois da descoberta da doença. No Sudeste, 95% das pessoas com aids continuam vivas cinco anos depois do diagnóstico.
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O documento também indica a redução dos casos da doença entre usuários de drogas injetáveis. Para Mariangela, essa redução é fruto da combinação de três fatores: eficácia do programa de redução de danos - que distribui seringas para usuários -, a morte de parte dos pacientes dependentes de drogas injetáveis e, também, a mudança do perfil do uso de drogas no País. “O uso de crack agora é muito mais intenso do que o de drogas injetáveis”, observa.
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Atualmente, a aids atinge 0,5% da população brasileira entre 15 e 49 anos. Apesar da distribuição de medicamentos anti-retrovirais, as taxas de mortalidade são estáveis: 5,1 por 100 mil habitantes. “A terapia aumenta a expectativa de vida dos pacientes. Mas aqueles que já estão em tratamento há mais tempo podem apresentar resistência aos remédios”, explicou.
Por: Ligia Tormenti
Fonte: O Estado de São Paulo

quinta-feira, 17 de julho de 2008

JOVENS GAYS NÃO PROCURAM MÉDICO POR MEDO DE PRECONCEITO

O medo do preconceito e da discriminação faz com que os adolescentes gays de São Paulo evitem ao máximo procurar unidades estaduais de saúde para acompanhamento médico. Pelo menos é o que aponta pesquisa da Secretaria da Saúde realizada em maio com jovens que participaram da Parada do Orgulho – , Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transgêneros e Transexuais (LGBT), em São Paulo.
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Durante o evento, foram entrevistados 576 adolescentes menores de 20 anos, dos quais 527 se declararam lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais. Desse total, apenas 41% disseram procurar assistência médica em locais considerados apropriados, como postos de saúde, clínicas ou hospitais. Já a maioria dos que buscam assistência, informou que a procura normalmente para casos urgentes e não participa de acompanhamento regular.
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Dos entrevistados, 82% avaliaram os serviços de saúde como inadequados e excludentes. Disseram que gostariam de ser atendidos nos serviços sem sofrer preconceito. “Os adolescentes gays se sentem retraídos e resistem a buscar acompanhamento médico e psicológico em unidades de saúde. A rede precisa acolhê-los ao invés de inibi-los, pois a vulnerabilidade pode fazer com que o jovem adote comportamentos de risco”, afirma a coordenadora de Saúde do Adolescente de São Paulo, Albertina Duarte Takiuti.
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Política pública – A Secretaria da Saúde está desenvolvendo programa específico para atendimento de adolescentes LGBT em todo o Estado de São Paulo. O objetivo da iniciativa é preparar a rede para abordar o adolescente para que fique à vontade quando falar sobre sua conduta sexual ou afetiva, deixando de lado medos e vulnerabilidades que possam levá-lo a comportamentos de risco, como o sexo sem preservativo ou abuso de drogas e álcool, por exemplo.
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Para isso, será realizada uma ampla capacitação de profissionais de saúde. A relação de confiança com os médicos também será fundamental para que o jovem relate qualquer problema de saúde que possa estar ligado à opção sexual, evitando o agravamento da doença. Na Casa do Adolescente de Pinheiros, serviço oferecido pela pasta da Saúde, os profissionais já são orientados a fazer uma abordagem diferenciada, que não intimide o jovem.
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Uma das recomendações, por exemplo, é para que em vez de perguntar se o adolescente tem namorado ou namorada, indagar se está saindo com alguém ou “como vão os amores”. “Queremos trabalhar a auto-estima desse cidadão, assim como suas emoções e projetos pessoais, fatores determinantes do estilo de vida, que pode ser saudável ou não”, assegura Albertina Duarte.
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Levantamento informal realizado na Casa do Adolescente constata que 10% dos jovens atendidos mensalmente na unidade têm conduta LGBT. Para Albertina, o número pode ser maior, pois muitos ainda escondem esta informação, por medo do preconceito. “Normalmente o adolescente assume sua condição após pelo menos três consultas”, informa.

Fonte: Secretaria da Saúde de São Paulo

segunda-feira, 7 de julho de 2008

ANTI-RETROVIRAIS TRANSFORMAM AIDS EM DOENÇA CRÔNICA

WASHINGTON (AFP) — O grupo de soropositivos registrou um recuo bastante significativo em sua taxa de mortalidade, que seria comparável ao do restante da população, nos cinco anos que se seguem a sua infecção pelo vírus da Aids, desde o início dos tratamentos com anti-retrovirais, em 1996.
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De acordo com um estudo divulgado no Journal of the American Medical Association (Jama), nos países industrializados, as pessoas que se tornaram soropositivas em conseqüência de contato sexual parecem ter um risco de mortalidade similar ao da população em geral nos cinco primeiros anos após a infecção. Seu risco de falecer cresce, porém, depois desse período, afirmam os autores do trabalho.
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Vários estudos relataram a baixa espetacular da mortalidade entre as pessoas infectadas pelo vírus HIV desde a entrada, no mercado, em 1996, de terapias anti-retrovirais eficazes nos países industrializados.
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Um grupo de pesquisadores, liderado pelo Dr Krishnan Bhaskaran, do "Medical Research Council Clinical Trials Unit", em Londres, analisou a evolução da mortalidade de 16.534 soropositivos comparativamente à da população em geral não-infectada, entre 1981 e 2006.
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Nesse grupo de soropositivos observados por 6,3 anos (em média) após o início de sua infecção, a taxa de mortalidade excessiva em relação ao percentual normal para mil pessoas/ano (o número de pessoas no estudo multiplicado pelo número de anos de acompanhamento por indivíduo) era de 40,8/mil, antes do surgimento das terapias anti-retrovirais em 1996.
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Depois, essa taxa de mortalidade diminuiu a cada ano até chegar a 6,1 (em mil) em 2004-2006, ou seja, um índice comparável ao de pessoas não-infectadas.

domingo, 22 de junho de 2008

“PREVENÇÃO É PARA TODOS E NÃO SÓ PARA PORTADORES DO HIV”, DIZ ATIVISTA HUGO HAGSTRÖM

“Agora aparece um projeto de lei penalizando quem transmitir o HIV e classificando como crime hediondo. Prevenção é para todos e não só para portadores do HIV”, protestou o ativista Hugo Hagström, do Grupo de Incentivo à Vida, sem citar o número do projeto. Esta foi uma das reclamações em depoimento realizado no fim da tarde desta quinta-feira (19) no IV Fórum Brasileiro de Aids e no II Fórum Brasileiro de Hepatites Virais, na cidade de Santos, litoral sul de São Paulo.
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Hugo traçou um breve histórico sobre o ativismo, a epidemia de Aids brasileira e a chegada dos anti-retrovirais no Sistema Único de Saúde. “Foi necessário o movimento entrar na justiça para conseguir os remédios. Não foi uma iniciativa unilateral do governo como muitos acreditam”, disse.
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Segundo o ativista, houve dois lados da chegada dos anti-retrovirais: um positivo e um negativo. “Foi ótimo saber que passaríamos de portadores de uma doença letal para uma doença crônica. Mas, isso materializou o HIV para quem necessita de privacidade e não quer revelar seu status”, explicou o ativista sobre o preconceito que um portador do vírus pode sofrer em ambientes de trabalho ou sociais ao ter que portar os medicamentos.
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Para ele, o maior desafio é a adesão ao tratamento. “Ela é diária, não é uma etapa que quando vencida está eliminada”, ressaltou.
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Outro problema apontado por ele é o emprego. “Se por um lado a Previdência Social diz que estamos aptos a trabalhar, por outro as empresas não querem nos contratar”, disse, afirmando que a testagem compulsória de HIV, sem consentimento do indivíduo, ‘rola solta’ no Exército, Marinha e Aeronáutica, além de outras empresas privadas.
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No fim, o ativista também disse que falta humanização com os médicos e reclamou dos baixos salários que profissionais de saúde recebem no Sistema Único de Saúde.
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Hepatite C - Já Jeová Fragoso, ativista da Hepatite C da ONG Grupo Esperança, contou que na sua instituição há três óbitos por mês por causa das hepatites. Depois, explicou os entraves técnicos e burocráticos na área dentro dos serviços de saúde, citando principalmente os problemas para realizar exames como o PCR. “Isso prejudica demais o indivíduo que descobre-se portador da hepatite C e é obrigado a seguir uma série de procedimentos. Muitos pensam, ‘estou bem, para quê o tratamento?’”, explicou, dizendo que a maioria abandona o tratamento. Também citou que uma das maneiras de ir atrás do direitos é entrar com ação na justiça.
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No final da apresentação, disse que 40% dos soropositivos possuem infecção por hepatites B ou C. “O modelo de controle da Aids deve servir para a hepatite. Não devem existir bairrismos entre as duas patologias”, disse.
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Rodrigo Vasconcellos, de Santos
Fonte: Agência de Notícias da Aids